PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 8 de abril de 2012

Sou Avó!


Angela Mendes





Caí num caldeirão enluarado,
cheio de fraldas empapeladas,
um choro distante da minha memória
e uma música de embalar sonhos, a sós.
Quanta desordem...
nessa minha alma inquieta e trapaceira
que, de longe, salta sobre os trilhos do futuro
numa busca remota do entardecer.
Mas o que encontro é alvorada,
é canto de pássaro,
berçário de conchas,
é terra adubada.
se há degrau...é um só.
Então me reciclo: céus, sou avó!
Mas se a casca murchou, o olho encolheu...
a chama ficou...ainda sou eu!

Basilina Pereira

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