Aníbal Bastos
O nosso sonho de amor,
Depois de tanto fulgor,
Passou a livro esquecido;Num velho baú guardado,
Como se fosse um pecado,
Ou um crime ter nascido!
Livro que guarda a memória,
Do que foi a nossa história,
E do amor que vivemos!
Livro que deu tantas voltas,
Ficando com as folhas soltas,
Que muitas nem sequer lemos!
Sei que na primeira diz,
Quanto me senti feliz,
Ao ouvir de ti o sim;
Dizendo que me amavas
E que por isso ficavas,
Para sempre junto de mim!
E nas páginas do meio
Que mesmo sem lê-las, leio:
- Amor fogo e ternura!
Foram páginas constantes,
Com histórias de amantes,
Com um raiar de loucura!
Porém nas páginas finais
Leio suspiros e ais;
A seguir livro fechado!
As páginas que sei de cor,
Lembranças dum grande amor,
Num velho baú guardado!
Livro grande e pequenino
Que a força do destino,
Nos fechou tão cruelmente!
Talvez um dia quem sabe,
O nosso amor o reabre,
Para ser lido novamente!
In, LIVRO “Versos Imperfeitos
O nosso sonho de amor,
Depois de tanto fulgor,
Passou a livro esquecido;Num velho baú guardado,
Como se fosse um pecado,
Ou um crime ter nascido!
Livro que guarda a memória,
Do que foi a nossa história,
E do amor que vivemos!
Livro que deu tantas voltas,
Ficando com as folhas soltas,
Que muitas nem sequer lemos!
Sei que na primeira diz,
Quanto me senti feliz,
Ao ouvir de ti o sim;
Dizendo que me amavas
E que por isso ficavas,
Para sempre junto de mim!
E nas páginas do meio
Que mesmo sem lê-las, leio:
- Amor fogo e ternura!
Foram páginas constantes,
Com histórias de amantes,
Com um raiar de loucura!
Porém nas páginas finais
Leio suspiros e ais;
A seguir livro fechado!
As páginas que sei de cor,
Lembranças dum grande amor,
Num velho baú guardado!
Livro grande e pequenino
Que a força do destino,
Nos fechou tão cruelmente!
Talvez um dia quem sabe,
O nosso amor o reabre,
Para ser lido novamente!
In, LIVRO “Versos Imperfeitos