PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Velho e a Flor



Ereni Wink





Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.

Vinicius de Moraes

Viver




Fernando Martinho






Mas era apenas isso,
era isso, mais nada?
Era só a batida
numa porta fechada?

E ninguém respondendo,
nenhum gesto de abrir:
era, sem fechadura,
uma chave perdida?

Isso, ou menos que isso
uma noção de porta,
o projecto de abri-la
sem haver outro lado?

O projecto de escuta
à procura de som?
O responder que oferta
o dom de uma recusa?

Como viver o mundo
em termos de esperança?
E que palavra é essa
que a vida não alcança?

Carlos Drummond de Andrade, 
in 'As Impurezas do Branco'

Guitarra




Aníbal Bastos





O teu corpo é uma guitarra
Que o meu corpo dedilha,
Fazendo soltar trinados,
Na saudade que se agarra,
À estrela que em nós brilha,
Na noite dos nossos fados!

As tuas cordas são veias,
Onde corre sangue ardente,
Em brasas de fogo a arder!
E nesse fogo que ateias,
Há dois corpos num somente,
Versos de amor a escrever!

Dos acordes mais suaves,
Aos acordes mais profundos,
Feitos com mãos de perícia
E num gesto sem entraves,
Vagueiam por novos mundos,
Nas asas duma carícia!

Guitarra e tocador,
Como dois corpos fundidos,
Emitindo seus trinados,
Cantando hinos de amor,
Fervilhando nos sentidos,
Pelos fadistas cantados!

Guitarra feita mulher,
Quem te souber dedilhar,
Com mestria nos seus dedos!
Serás fonte de prazer,
Fúria das ondas do mar,
Numa caixa de segredos!

Guitarra da minha vida,
O meu fado acompanhou,
Mas com acordes errados!
Pela má sina perseguida,
Deixou de trinar e ficou,
Abandonada nos fados!

A. Bastos (Júnior)

Verdade


Zina de Miranda


VERDADE ! palavra que está ficando fora de moda
se não veja:
As pessoas acreditam praticamente em tudo, desde que não seja verdade. E fazem bem. Já que a verdade é desinteressante, aborrecida, perturba o bom andamento das coisas e ensombra a vida. Pelo contrário, a mentira move multidões, empolga a opinião pública, anima a política, abastece a midia, favorece os negócios. Num tempo em que a imagem é tudo, em que importa mais a aparência do que a essência, em que o simulacro é mais determinante do que o real, só os fracos e inadaptados cedem à verdade. A mentira é o que faz mover o planeta

O valioso tempo dos maduros




Daisi Oliveira de Souza

Mário de Andrade.



"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, roeu o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!"

Vento Minuano



Orlando Costa Filho




O sol meteu o rabo entre as pernas do inverno e
recolheu-se com promessa de vir a seu tempo.

Vento minuano varreu o passado. Amores
e dores digladiam-se reclusos nas alcovas!

Garrafas foram lançadas ao mar enquanto
outras chegaram com novas mensagens.

O chá com torradas está servido, moça! Podemos
então sentar-nos no colo desta tarde roxa de frio

em que chegam farrapos de nuvens brancas de paz!
É hora de fazermos o verão em nossos corpos.

Hora de passarmos a conjugar nossos verbos
de amor, baby! Escuta-me lo dia transcendente,

ouça-me ame toque dou-te estre –
las playas del nuestros sueños...

ocf

Deus!


Angela Mendes


Em homenagem à querida amiga Patricia...ela sabe o porquê!!!



Esse meu Deus, que eu amo tanto e não entendo,
que me conduz pelas vereda s do infinito,
onde transponho o meu limite e me desvendo
ante mim mesma, ante o que sou... Qual foi escrito...

Senhor dos dias... Do que é bom... Do que é horrendo...
Que me ama em êxtase; ou em meu passo proscrito;
seja eu um trapo, vil retalho, vão remendo...
Quando agradeço ou, revoltada, em ira, grito...

Deus, que eu não sei porque dá morte aos meus amados...
Por que sonhei... E os sonhos foram tão truncados?
Mas És meu Deus e eu Te amo tanto, meu Senhor...

Eu não Te entendo, eu não me entendo... O que é a vida?
Fala comigo, me responde... Ando aturdida...
Me conta, enfim, por que viver, traz tanta dor!

- Patricia Neme

As borboletas




Ereni Wink




Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!

Eu quero




Sousa Clara





Eu quero um 
amor que chegue sem hora marcada
Que tenha os olhos brilhantes, que seja único
Eu quero um amor que me leve pro infinito
Que sufoque com beijos meu grito
Um amor fino e elegante, terno e galante
Eu quero um amor que corra comigo na praia
Silenciosamente...
Assista comigo o por-do-sol
Me aconchegue no peito sob a luz da lua
Que adore contar estrelas...
Que saiba nadar...
Que faça tocar sininhos
Eu quero um amor que me leve pra comer pipoca na praça
Que escreva meu nome na areia da praia
Um amor que me desperte com serenata
Que me pinte como a Mona Lisa
Que faça cafuné nas minhas costas
Eu quero um amor divertido que saiba brincar...
Que goste de cantar
Eu quero um amor que ande comigo de mãos dadas
Que mergulhe de madrugada...
Que me sussurre poesias...
Que viva minhas fantasias
Eu quero um amor que dance comigo na chuva
Que role no chão como criança...
Que me beije com loucura
Eu quero um amor que me ame todos os dias como da primeira vez
Que durma coladinho no meu peito...
Que dormindo me afague
Que acordado me segure pela mão...
Que seja forte pra me amparar
Que tenha um ombro amigo...
Que seja sincero...
Que saiba calar
Eu quero um amor do tamanho do mundo...
Único, simples e profundo
Eu quero o amor que vai chegar
Olhar-me dentro da alma...
Fazer meu peito incendiar
Eu quero um amor gostoso que saiba me enroscar entre suas pernas
Que me faça juras eternas
Eu quero um amor inteiro real...

Mavi Lamas



Sousa Clara




Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. 
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: nós crescemos através de nós mesmos. 
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. 
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. 
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos
com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. 
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. 
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. 
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. 
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. 
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. 
Cada um vai ter que descobrir sozinho. 
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo... vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."

Este texto circula na rede mundial, e é creditado a John Lennon. Fontes garantem que John jamais teria escrito isto. De qualquer forma, é um senhor texto.

Aos de Bem !!!




Claudio Caldas Faria







Não é sempre, mas ocorre às vezes,
E hoje, mesmo sendo sexta 13
Acordei assim com fome,
Vontade de comer... Você... Não?!
Tudo bem, na hora do almoço você come,
Hum, coisas só mesmo do coração!
Vê se não some!
Porque nesse caminhar,
Quem sabe pode até pintar,
História num quadro de van Rijn – Rembrandt -,
Entre luzes e sombras – han... han –
Entre um simples convidar,
Evidente,
Acredito que não irás recusar,
Afinal, não há lugar pra tristezas
E é sempre bom lembrar,
Serão outras, todas as sobremesas.
É isso aí seu moço, larga o osso!
Daqui a pouco é mesmo hora do almoço
E nem adianta me olhar com esse olho torto
Que um dia é da caça e o outro... é do troco.
Em sendo assim,
Mesmo antes que se chegue da vida ao fim,
Nesse eterno vai e vem,
Vocês são para mim o mais terno BOM DIA...
MAS SÓ PARA OS DO BEM!!!

Claudio Caldas Faria - 13.4.2012
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

Marcas


Lúcinha Santos




teus olhos
espelhos da alma
imensas gotas de oceano
Tua mão no meu cabelo
com o arrepio na nuca
Tua boca na minha
num beijo profundo
Teu cheiro esta em todos os lugares
Foi ai que percebi
que esta em cada gota do teu suor que caiu 
E esta na minha pele por dentro
como se fosse parte de mim
.............Lú

Buscando Você.



Maria Salete Ariozi



Acordei minha busca
que adormecia na saudade
porque a vida me pede
que continue a buscar.


Que mude as vestes do sonho
se precisar
que os passos sejam mais lentos
não importa.


Importa é esperar esse encontro
na terra ou nas ondas do mar
poder ouvir novamente
a flauta mágica dos que amam!


Eu sei que você existe
nunca deixei de acreditar
se abandonei a procura
foi por achar que não sabia mais amar.


Mas eis que renasce em mim
a crença antiga que me domina
de que o único sentido da vida
é o amor! Por isso busco você...

Tere Penhabe

Faca Quente na Manteiga



Orlando Costa Filho




dentro do convento a madre, da ostra a pérola...
eu numa outra. adentro a manhã-madrepérola.
capturado por estranha quérquera
minha guitarra já não dispara rajadas de notas
de fora da escala, já era já era!
enfrento imensos batalhões de silêncios
zilhões de olhares de turfa da cor de silício
no bate rebate de naufrágios quimeras
encontro promessas equinócios solstícios...
enquanto olhas dizes mais que quando falas ao menos
teu sono de outonos é o múnus que tenho
razão pela qual sustento a caneta pros versos possíveis
dos enlaces prováveis em tempos sofríveis.
deves estar perguntando a ti mesma, honey:
“por que diabos troux’ele à tona tudo isso?”
são meras palavras que as mãos do silêncio cerziram
ressoaram entre as cordilheiras do meu pensamento
naquela exata noite em que esqueceste de ser mar
e o eu-areia dormiu de tonto esperar por tua língua.
hoje – como faca quente na manteiga - serei a boca da noite
cantarei rente ao mar melodias certeiras
colherei entre tuas pernas especialíssimo licor
por teus aconchegos estarei viajor por noites inteiras.

ocf

Em busca


Simone Ribeiro





Em busca da minha verdade,
percorro estradas e faço história!
Em busca de uma verdade
que só em meu viver
pela vida afora
descobrirei!

Pesadelo Concreto e Experimenta



Orlando Costa Filho




Quando você me disse que não mais voltaria
lançou-me em queda livre
e olha que eu estava sentado.

A calma, em coma
a alma, estilhaçada, sombras
escuridão tomou conta.

Cumulonimbos, um tornado
demasiadamente
avassalador me
envolveu e
fui trag
ado e
mo
rr
i

ressuscitei
não suscitei dúvida
desesperado vi:
pago dívida
contraída n’ outra vida
d’outra vida...

A B O R T E I
B O R T E I A
O R T E I A B
R T E I A B O
T E I A B O R
E I A B O R T
I A B O R T E
A B O R T E I

as ideias
"shitty brainstorm"
de copos de geleia
derramei goela abaixo
litros e litros de vinho barato.

Desnivelei o chão
andando em círculos
voltei a fumar
no espelho o Ícaro
me fitava, eu recuava
ele sumia e eu trovoava
no céu do meu inferno
me viciei em alprazolam
lexotan rivotril
na puta que pariu...
as paredes das narinas
emboçadas com argamassa
de pó de mármore e giz
misturados à cocaína
com que escrevia
na mesa em que jantávamos:

"COMO PODE FAZER ISSO COMIGO?"

mal deixavam o ar passar...
esqueci o que era ser feliz.

Dor que procurava luz
Nos becos perpendiculares
À via Ápia, que não passava por Cápua,
mas lá na Rocinha, hoje urbanizada

(HÁHÁHÁHÁ)

pelo Município
e pacificada
pelo Governo do Estado (quem diria!)

Eu estava no pátio da escola, chão de terra revestido de pedriscos. Era noitinha, a meninada espalhada. Eis então que a lua nova estrondou 10 vezes. Em cada uma delas, ela se fazia visível, embora pálida, entre nuvens. Alguém gritou: "isso é o fenômeno "tal" e costuma logo depois cair um 'não sei o que!'". E choveu logo em seguida, flocos de gelo sem gelo, inclinada e abundantemente. Temperatura ambiente, ambiente em desespero e cada aluno e professor tomava uma direção. Fenômeno meteorológico é o cacete, o planeta foi invadido, homens de preto. Havia uns com pescoço com mais de metro e suas cabeças do tamanho de uma laranja. Eles nos prenderam nas instalações da escola. Um dos nossos, impetuosamente, conseguiu cravar um cutelo no pescoço dum. Chance de fuga, aproveitamos, eu e mais uns dois ou três. Ficamos a rezar o Pai Nosso como cantiga de roda e nós - já éramos mais de sete - esquecíamos a letra no terceiro verso e o "venha a nós o Vosso reino" não havia jeito de ser pronunciado, mas a ciranda não parava. Em minhas gengivas nasciam espinhos de roseira, conforme eu os tirava, resurgiam outras... Os invasores revestiram as paredes externas da casa de praia com folhas de aglomerado de madeira, dessas usadas em construção civil, pra abafar o som do desespero. "Eles voltaram", gritei. Na cama ao lado um ser estranhíssimo, cínico e debochado ao extremo, se embolando com minhas roupas ali esparramadas e a cada vez que tentava pegá-lo, ele me paralisava com a mente e fazia a festa dando cambalhotas...

Que força fazia e não conseguia,
Anestesia peridural
Quase geral, só o olho mexia
Eu pesava 100 toneladas,
da cama não saía.

...........

Celular entrou estridente
Rangendo dente, ouvi:
“all you need is love”
Tchan tchan tchan ran tchan…
"love is all you need"
Ufa! Era a Rosa lembrando a reunião das nove
E já passava das sete...

Percebi o pesadelo e vi
o sol entrou pela janela,
venceu a fresta das cortinas
e explodiu suas tintas na parede do quarto,
um quadro,
retratando o riso vertical
de mais um novo dia...

ocf



Jorge Morais






fria é a noite
no ventre
do teu rosto
no impulso cru
das tuas palavras
vás gelando
nossas gargantas
olho em mim
vejo o dorso
da minha espinha
cada vez mais curvado
farto-me do não na vida
troco minha liberdade
por um naco de pão
não
merda à vida
sou injusto comigo mesmo
prendendo os pés
aos sapatos
o corpo aos movimentos
comprei um relógio
que não me deixa dormir
que me aterroriza
pela madrugada
me arrancando da cama
sou eu próprio a prender-me
e a reprimir-me
todos os gestos que faço
põe em jogo o ser livre
quero a minha liberdade
que merda
tenho de dormir
mas se dormir
irei ficar preso
aos meus sonhos
deles ficarei dependente
mas como poderei
ser livre

jorge morais

Passagem



Ofelia T Cabaço Cabaço



encontrei por acaso
no passeio da avenida,
um companheiro doloroso,
caminhei chorosa e, encantada;
...
muitas vezes percorri o passeio
pensativa,sem esperança,desesperada,
olhava os anos passados que encantei,
no bosque verdejante de grandes caminhadas,
ontem, hoje, apareceu por acaso!

deambulei na avenida, aconchegada
com os meus fantasmas acusadores,
enfrentei o vento, olhei as árvores,
tão despidas de alegria quanto eu,
sussurrei-lhes baixinho: estou a sorrir!!!!!

ofelia cabaço 2012-04-04

Bem-aventurado




Daisi Oliveira de Souza





Bem-aventurado você hoje, que encontrou o objetivo da própria vida, que procura a Verdade, que se esforça para vencer a si mesmo e que tem fé na conquista de seus desejos.
Bem-aventurado você, que faz com o outro o que gostaria que fizessem consigo!

(Anna Sharp)

Você faz parte daqui