PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

DA FELICIDADE



Claudio Caldas Faria






Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

Mário Quintana

Meu amor te peço,não chore


Jose Ribeiro





Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por seres generosa,
uma pedra preciosa
a decorar o meu coração!

Quando penso
e penso em ti,
vem o sonho duma paixão,
sonhada,mas por viver!

Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por ver
não estares ao pé de mim!

Apenas sonho
e vem a lágrima...

Amor não chore,são tão
puras tuas lágrimas...
Teus lindos olhos que para mim não dormem;
transparentes janelas de tua alma

Meu amor te peço não chore,
daqui ouço teu pranto!

Sabes bem que o meu amor por ti não morre,
entreguei meu coração ao teu encanto...

Amor abre teu sorriso lindo,
veste brilho em tua face!

Devolvo a ti aquela alegria,
a paz que autrora perdida;
amo-te com toda verdade,
alem de mossa vida!

José Manuel Brazão

PROCURO




Lúcinha Santos




Procuro você, e não encontro
Sinto você, mas não te vejo
Sinto seus beijos, mas não tenho sua boca
Preciso de um sorriso seu, mas onde estão seus lábios?
Ouço ao longe ... EU TE AMO,
Mas quando vou procurar, não encontro ninguém!
tento me isolar, mas não consigo me esconder.
A solidão outra vez invade meu coração
E faz com que eu pense que você está aqui,
Mas na verdade, você é a ilusão
que ainda se esconde e assusta meu coração!


Jamais




Angela Mendes





A liberdade que prezas
Por galardão de tua vida,
Quantas vezes a arrevesas,
Fazendo-a mais reduzida?
Se te proclamas, ufano,
Defensor dos inocentes,
Não te apresentes insano
Entre os mais indiferentes.

Aborto! Jamais o faças
Resolução de problemas,
Pois, pelo ser que rechaças,
Terás a dor como algemas.

Aborto! Nunca cogites
Dessa trama inferior.
Por mais na agrura te agites,
Confia mais no Senhor.

Quem ama jamais se estende
Justificando o que é mal.
A vida é bênção que esplende.
Aborto é o que, afinal?

Não tisnes tua consciência
Com alusões sem sentido,
Pra não sofreres a ardência
Pelo filho não nascido.

Goza, então, tua liberdade
Com inteireza no bem,
Sem remorsos, com verdade,
Desde a Terra até o além.


(José Raul Teixeira.
Ditado pelo Espírito
Belmiro Braga.

DESCUBRA O AMOR...



Lúcinha Santos





Pegue um sorriso
e doe o a quem jamais o teve...
Pegue um raio de sol
e faça o voar lá onde reina a noite...
Pegue uma lágrima
e ponha no rosto de quem jamais chorou...
Pegue a coragem
e ponha a no ânimo de quem não sabe lutar...
Descubra a vida
e narre a a quem não sabe entendê la...
Pegue a esperança
e viva na sua luz...
Pegue a bondade
e doe a a quem não sabe doar...
Descubra o amor
e faça o conhecer o mundo...!!!

BILHETE



Claudio Caldas Faria





Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mário Quintana

O Mundo Pós-Moderno


Helena Pizzo

CORDEL




Apolo Deus da poesia
Clio musa da História
Juntem-se e me ilumine
Dando-me honra e glória
Clareando minhas ideias
Inspirando-me agora.

Com a rapidez de um raio
Peço-lhes, logo inspiração
Agilidade e bons pensamentos
Coerência e visão
Para que nesse momento
Fale de tanta transformação.

Deus pai todo poderoso,
A Santíssima Trindade
Clamo por inteligência
Pra narrar com veracidade
Minha opinião e experiência
Dessa tal pós-modernidade.

Nesse mundo do efêmero,
Do consumismo e da falsidade
O que é belo vira feio,
Nessa tal pós-modernidade
Sem limites, nem freio
De Narcisismo e vaidade.

Aqui a única certeza que temos
É que certezas não há.
É um mundo fluído
Onde tudo se desmancha no ar,
Do material mais sólido
À matéria molecular.

Essa é a Era do Chip
Da TV, dos computadores,
Das armas químicas e nucleares
Dos modismos, dos horrores
Do frenesi, do radicalismo.
Do fanatismo e fervores.

Um mundo intransigente
Onde a paz é estrangeira
O preconceito, a intolerância,
E a violência não tem barreira.
No mundo da informatização
A ignorância é mãe primeira.

A cada dia que passa, cultiva-se
Grande e triste ilusão:
Estar em dia com a moda,
E em atraso com o irmão
Ficando nossa existência
Marcada pela desumanização.

Onde estão nossos ideais?
Foram eles repugnados?
O que aconteceu com Deus?
Será que foi assassinado?
Dom Quixote e Marx,
Foram enfim derrotados?

Respondei quem puder.
Quem tiver consciência:
Onde está Deus,
O que fez dele a ciência?
Trocou-lhe pelo Consumismo
Ou Julgou-lhe por incompetência?

Rei Midas tinha o encanto
De tornar ouro tudo que batia
O capitalismo tem feitiço
De tornar em mercadoria
Deus, liberdade, poder,
Sexo, amor e alegria.

O Capitalismo e a ciência
Juntaram-se com facilidade
Parindo de uma só vez
O erotismo e a publicidade.
Seres extraterrestres:
Humanos da pós-modernidade.

Uma Era de moral hedonista
Do Shopping sedutor
Com luzes, neon e ofertas
Lugar belo, avassalador
Intrínseco ao homem pós-moderno
Convertendo, humano em consumidor.

Venceu o niilismo?
A aventura, o fugaz.
Perderam-se nessa selva
Nossos grandes ideais?
De habitarmos a terra da promissão
Onde todos seriam iguais.

Exagero tornou-se moda
E a moda não tem precedente
Comprar, usar, jogar
Esse é o modelo vigente.
Onde o ser não vale nada
Mas o ter é atraente.

Hoje quem mais vale,
É quem mais tem.
Pobre, liso e humilde,
Não valem um vintém,
Porém, avarentos
Nesse mundo se dão bem.

Nesse mundo fluído
Deus Baco tem vez
Sobriedade é pieguice
Tem valor a embriaguês
Ser honesto é burrice
Preservar é insensatez.

Na Era do simulacro
Ebriedade é rotina
LSD, álcool, maconha
Crack, cola e cocaína
Preenchem um vazio,
Porém nada fascina.

É um mundo torto
Da perveção e pedofilia
Do câncer, do estresse
Da neurose e bulimia
Da obesidade, do divã:
Um tempo de patologias.

Mundo vazio, sem estrutura
Sem referências ou identidade
Sem afeto nem valores
Das plásticas, da vaidade,
Da angústia e do esquisofrenismo,
Do artificialismo e da mediocridade.

Gente sem identidade fixa,
Verdadeiros mutantes
Seres descartáveis e volúveis
Mudam de instante em instante
Disfarçam suas imperfeições
Com cosméticos, plásticas ou implantes.

São folhas secas que vagam
Em meio ao tufão
São homens, ou são feras?
Não sei bem o que são.
Pois se sentem sozinhos
Mesmo diante de uma multidão.

Imersos numa cultura mesquinha
Onde idosos são maltratados
Por jovens indolentes
E adultos mal amados
Que têm filhos inocentes
E são pais já separados.

A família entrou em extinção:
Irmãos e primos não existem mais,
Vozinho ou vozinha
Tios, parentes ou pais
Ficou tudo muito parecido
Com o reino dos animais.

Os pais hoje são assim:
Trabalham pra se acabar
Nem dos próprios filhos cuidam,
Pois quem cuida é a “babá”.
Enquanto esta realidade existe
Como poderemos melhorar?

As crianças só se interessam
Por TV, DVD e celular
Não brincam de Amarelinha,
Esconde-esconde e escorregar,
De toca ou cirandinha,
Pega-pega ou de adivinhar.

Logo cedo já namoram,
Por jogos eletrônicos são fascinados
Vídeo games e violência
São por eles apreciados
Escola, respeito, moral e tradição
São assuntos desprezados.

Crianças precoces
Ou jovens “aborrecentes”
São na verdade,
Indivíduos doentes
Construídos ou inventados
Por uma sociedade sem referentes.

Mp3, ipoid, câmeras digitais,
Cartão de crédito e Internet
Clones, transgênicos,
Lojas, dígitos e satélites.
São nesse mundo
Espécies de vedetes.

Um organoide mecânico foi parido,
Criatura técnica e previsível
Desprovida de calor humano
Robótica e insensível
Feita de signos e dígitos
Afeto pra ele é desprezível.

Monopólio e inconsciência,
egoísmo e ambição
acúmulo de riqueza.
O capitalismo e a globalização
tornam as rendas desiguais
provocam a marginalização.

Nesse mundo de fartura
tem miséria, fome e pobreza.
Esportes, marcas e posses
são sinônimos de riquezas.
Nossa mãe Réia é exaurida
em nome da avareza.

Catástrofes e genocídios
Tornaram-se naturais
Tudo aqui é absurdo
Sobretudo a paz,
Nos acostumam com tudo
Nesse mundo do fugaz.

Vejo o mundo infernal,
Que Alighieri descreveu
Com estupros, sequestros e acidentes
Cujo Caos renasceu
Abriram a caixa de Pandora
E o Apocalipse apareceu.

Não tem mais Parságada,
São Saruê ou Terra Prometida.
É o jardim de Hades
e do diabo suicida
vivos que no inferno ardem
E, José, acabaram-se as saídas.

Nossa sociedade é atroz e sem compaixão
Voyeurista e sádica, imersa em hipocrisia
Faz da dor alheia, sua fonte de alegria
Irradiando a ira e desprezando o perdão
O choro e grito tornaram-se canção
O sonho e vida: tudo foi desprezado
Tudo em nome de um mundo avançado.
Do enxofre já exalo o perfume,
Pois esse mundo tá desacunhado
E não tem mais criatura que aprume.

Nosso mundo regrediu com o progresso
Basta-nos falar das nossas insanidades:
Reality shows, invasão de privacidade
Fama, ostentação são meros regressos
Desigualdade incoerência me deixa possesso
Almas e corpos vendidos e alugados
São características de seres atrofiados
Em que a vida pós-moderna se resume,
Pois esse mundo tá desacunhado
E não tem mais criatura que aprume.

Criaturas malditas tornar-se-iam angelicais
Nesse mundão de meu Deus
Ímpios e descrentes quais os filisteus
Daríamos liberdade novamente a Barrabás.
Os Bórgias, Al Capone, Hitler e Satanás
Seriam ingênuos cordeirinhos desgarrados
Sentir-se-iam logo envergonhados
Teriam náuseas, ou no máximo ciúmes,
Pois esse mundo tá desacunhado
E não tem mais criatura que aprume.

Parece que o Apocalipse se anuncia
Poluição, tsunamis, furacões e terremotos
Acidentes, AIDS e violência deixam mortos
Assim como genocídios e pandemias
E o começo do fim não se adia
Pagaremos com juros nossos pecados
Seremos por nós mesmos vitimados
Feridos pelos nossos maus costumes,
Pois esse mundo tá desacunhado
E não tem mais criatura que aprume.

Tirania e ceticismo,
Hedonista filosofia
Impõe as regras do Mercado
Aumentando as patologias.
Gestos macabros da humanidade
Ofuscam as belezas das tecnologias.

Moramos hoje, em uma Babel,
Aflitos e sem Deus
Recrudescemos nesse vazio
Inquietos qual Zeus,
Naturalizamos a impotência
Habitamos meio à violência
Ocasionando ânsia até em quem já morreu.



de José Tiago Marinho Pereira
Soledade - PB

Medo




Tininha Dib








Escalando uma
montanha
Com o medo a me
acompanhar
Sigo a risca a
façanha
De ao topo chegar...

Com as pernas
sempre a tremer
Sigo firme e forte
Sem jamais
estremecer!

E chegando ao topo
Vejo a recompensa
De que tudo posso
olhar
Olhar para a imensa
vista
Sem me cansar!

DE: Tania Regina

Tudo que têm


Tininha Dib



"As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor de tudo. Mas
simplesmente as que fazem o melhor de tudo que têm".

Apenas Uma Vez




Claudio Caldas Faria




‎"No fundo, todo homem sabe muito bem que ele é um ser único, uma única vez nesta terra, e por nenhuma chance extraordinária será uma peça tão maravilhosamente pitoresca de diversidade na unidade como ele é, nunca ser colocados juntos pela segunda vez."

Friedrich Nietzsche

Uma só verdade?


Ligia Shlochmann

HÁ UMA VERDADE: NASCER....OUTRA MEIA VERDADE..NOSSA EXISTÊNCIA:COMPLEXA, CONTRADITÓRIA, PERPLEXA, REPLETA, INFINITAMENTE "HUMANO E DEMASIADO HUMANO", MAS NOSSA ÚNICA VERDADE, VERDADE ESSA QUE SÓ HÁ IGUALDADE E NÃO CABE DESIGUALDADE SEJA ELA QUAL FOR, É A MORTE, POIS ELA, SÓ ELA É SOBERANA, NA NOSSA TÊNUE EXISTÊNCIA!!!

DO AMOROSO ESQUECIMENTO




Claudio Caldas Faria





Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana

INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO



Claudio Caldas Faria





Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

Mário Quintana

Escrevo-te....



Jose Ribeiro





Escrevo-te esta mensagem
Na melodia de um coração,
Que bate a compasso,
Com letras escritas de emoção…
Escrevo-te em papel branco
Recheado com sonhos de uma vida…
Com saudades de uma diva,
Nas lágrimas de uma despedida,
Na encruzilhada de uma calçada
Ruas suaves de desejos,
Em tormentos esquecidos…

Desejo-te
Desejei-te na penumbra noite,
Ao som de um candeeiro de azeite,
No grito silencioso de um olhar,
Nas palavras doce e quentes,
De um sorriso,
De uma aventura
De uma fantasia de amor….

Chamo por ti,
Escrevo o teu nome
No céu azul dos teus sonhos,
Com tinta do meu ser,
No reflexo de uma lua,
O teu rosto desejo ver…

Envio-te esta mensagem,
Na brisa mansinha da manhã,
Para abraçar o teu corpo,
Iluminar a tua alma,
No teu doce despertar,
No sonho do meu amar…

Retrato de Amigo





Fernando Martinho





 Por ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
meu irmão minha amêndoa meu amigo
meu tropel de ternura minha casa
meu jardim de carência minha asa.

Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeado de cardos por muitíssimos lados.

Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?

Ary dos Santos, in 'Fotosgrafias'

A miragem



Magna Azevedo





"Não direi que a tua visão desapareceu dos meus olhos sem vida 
Nem que a tua presença se diluiu na névoa que veio. 
Busquei inutilmente acorrentar-te a um passado de dores 
Inutilmente. 
Vieste - tua sombra sem carne me acompanha 
Como o tédio da última volúpia. 
Vieste - e contigo um vago desejo de uma volta inútil 
E contigo uma vaga saudade… 
És qualquer coisa que ficará na minha vida sem termo 
Como uma aflição para todas as minhas alegrias. 
Tu és a agonia de todas as posses 
És o frio de toda a nudez 
E vã será toda a tentativa de me libertar da tua lembrança. 

Mas quando cessar em mim todo o desejo de vida 
E quando eu não for mais que o cansaço da minha caminhada pela areia 
Eu sinto que me terás como me tinhas no passado - 
Sinto que me virás oferecer a água mentirosa 
Da miragem. 
Talvez num ímpeto eu prefira colar a boca à areia estéril 
Num desejo de aniquilamento. 
Mas não. Embora sabendo que nunca alcançarei a tua imagem 
Que estará suspensa e me prometerá água 
Embora sabendo que tu és a que foge 
Eu me arrastarei para os teus braços."

Vinícius de Moraes

Cebolas






Zina de Miranda




Tem pessoas que são assim mesmo....igualzinho cebola
você descasca,descasca, não encontra nada no fim
e ainda chora.

Sou como você






Ligia Shlochmann






Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar

Clarice Lispctor

GRATIDÃO



Zina de Miranda

ISSO ESTÁ EM FALTA





Uma mulher passou anos da vida trabalhando, lavando as roupas de sua família à mão. Já tinha visto outras pessoas usando suas máquinas de lavar, mas ela simplesmente não tinha condições de comprar uma. O marido dela queria lhe dar uma máquina como presente, mas ganhava pouco. Ele começou a poupar dinheiro e, depois de muito sacrifício, conseguiu comprar uma máquina nova que facilitaria muito a vida de sua mulher amada. Foi entregue na casa deles e colocada, com todo cuidado, no lugar preparado. A mulher colocou detergente, encheu a máquina com água e pôs as primeiras roupas para lavar. Quando a máquina começou a girar, ela ficou admirada, olhando para o presente que jamais esperava receber. Agradeceu ao marido dezenas de vezes. Para mostrar a sua gratidão, ela caprichava na cozinha e sempre lavava as roupas do marido antes das dos outros membros da família.

Algumas amigas foram visitá-la. Ela as levou à lavanderia, e sorria o tempo todo enquanto mostrava-lhes a sua nova máquina. Cada amiga ouvia a história do amor do marido dela e do sacrifício que ele fez para lhe dar esse presente tão especial. Ela cuidava bem da máquina, sempre a mantendo limpa e em boas condições para o próximo uso. Cada vez que a usava, ela lembrava da generosidade e sacrifício do seu marido. Ela sentia sincera e profunda gratidão no coração.

Qualquer pessoa educada sabe que deve agradecer quando recebe um presente. A verdadeira gratidão se reflete, também, de outras maneiras. Falamos para outras pessoas; cuidamos bem do presente recebido; procuramos agradar à pessoa que se mostrou generosa para conosco; etc

As Mais Leves




Claudio Caldas Faria




No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...


Mário Quintana

Aparece para...




Ligia Shlochmann





A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.

CLARICE LISPECTOR

Como me vê




Ligia Shlochmann






Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.


Clarice Lispector

Você faz parte daqui