Claudio Caldas Faria
Faz exatos vinte e cinco anos,
Mas parece que foi outro dia
Tu deitada no leito da agonia
Dava vida à outra vida.
Quanto tempo se passou,
Das brincadeiras no quintal,
Das travessuras de menino,
Em que nada era do “mal”?
Tua beleza de mãe,
Que em nada o tempo mudou
Apenas teus negros cabelos
De neve o tempo tocou.
Me deste alimento em teus seios
Em teu colo, regaço da segurança,
Revelaste-me segredos da vida,
Cresci...
E para você continuo a ser criança.
Mas neste momento concreto
Deixo-lhe um agradecimento meu
Troco tudo o que tenho na vida
Mas por nada neste mundo
Troco quem a vida me deu.
Claudio Caldas Faria - 1979
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)