Jorge Morais
é noutro gim
que envolvo o papel
do ser-se eu próprio
no constante da vida
talhada com a faca
da destruição
num pensamento
absolutamente imaginário
ou seja
a pura fantasia
das estrelas fecundadas
o felicitar dos sonhos marados
ou o simples estar-mos longe
e o vermos tudo
passar por entre os dedos
e não conseguirmos
nada agarrar
é e são os sons
do quotidiano que
me fazem viajar
de encontro ás gaivotas
que como eu voam
no além
enquanto os outros
se agridem eu fujo
e renuncio ser homem
jorge morais