PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

É seu melhor










É seu melhor o meu melhor sorriso , meu mais doce olhar, todos os meus carinhos...
E se quiseres também será teu o meu corpo, meus pensamentos , meu coração...
E ainda te entrego se deixares , toda a essência da minha alma...
Basta vc querer! AC


Da Condição Humana





Fernando Martinho





Todos sofremos.

O mesmo ferro oculto
Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta
O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
Em todos dorme
A humanidade que nos foi imposta.
Onde nos encontramos, divergimos.
É por sermos iguais que nos esquecemos
Que foi do mesmo sangue,
Que foi do mesmo ventre que surgimos.

Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'


Palavras não ditas











Palavras não ditas , Canções jamais ouvidas, Amores que nunca chegaram , Olhares embaraçados, Sorrisos tímidos e solitários .... Desequilibrada, distraída , destruida estou...meus pensamentos atordoados se esbarram na minha saudade, na minha volúpia de amar, de te amar.....Por mais distante que estejamos nossos pensamentos se cruzam e a minha solidão é a tua devastação , em não poder me possuir... em não poder me pertencer , corpo, alma, coração e tesão.....AC


Mistério


Ereni Wink




Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.

Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…

Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!

Florbela Espanca

E eu




Ana Barros Cavalcante








E eu que pensei ser inatingível , blindada , descobri que não estou, vc conseguiu entrar e me desarmar.....
E se fez luz no corredor escura da minha existencia ,acabando com minhas desesperanças e transformando o preto da minha alma, em um vermelho intenso.
Acabou a dormencia de meu corpo, o frio do meu coração , a tristeza do meu olhar...
Me devolvestes o meu sorriso , a vida, as cores, a vontade de continuar...

AC

Procuro a ternura


Ereni Wink






Procuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./
Eugénio de AndradeProcuro a ternura súbita,/
os olhos ou o sol por nascer /
do tamanho do mundo, /
o sangue que nenhuma espada viu, /
o ar onde a respiração é doce, /
um pássaro no bosque /
com a forma de um grito de alegria. /

Oh, a carícia da terra, /
a juventude suspensa, /
a fugidia voz da água entre o azul /
do prado e de um corpo estendido. /

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música. /
Chamo por ti, e o teu nome ilumina /
as coisas mais simples: /
o pão e a água, /
a cama e a mesa, /
os pequenos e dóceis animais, /
onde também quero que chegue /
o meu canto e a manhã de maio. /

Um pássaro e um navio são a mesma coisa /
quando te procuro de rosto cravado na luz. /
Eu sei que há diferenças, /
mas não quando se ama, /
não quando apertamos contra o peito /
uma flor ávida de orvalho. /

Ter só dedos e dentes é muito triste: /
dedos para amortalhar crianças, /
dentes para roer a solidão, /
enquanto o verão pinta de azul o céu /
e o mar é devassado pelas estrelas./

Porém eu procuro-te. /
Antes que a morte se aproxime, procuro-te. /
Nas ruas, nos barcos, na cama, /
com amor, com ódio, ao sol, à chuva, /
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te./

Eugénio de Andrade

Me permito ser












Me permito ser como sou, tenho meu jeito único de viver, amar , sentir saudades, chorar, ser triste , sorrir.....
As vezes me percebo num emaranhado de emoções que explodem na minha alma...
Muitas vezes me sinto perdida nesse mundo , onde o que mais importa é o " ter ", não o " ser " , e acabo me anulando de vontades que guardo na imaginação...

Falar o que se pensa de verdade se corre o risco de não ser entendida, mais mesmo assim ouso e falo , mesmo muitas vezes me sentindo castrada por uma moralidade mentirosa que nos impedem de realmente sentir, viver , dividir nossos pensamentos ... mais continuo acreditando na verdade, na cara limpa para enfrentar todos os monstro que o mundo me impõe ....


Não era amor


Lúcinha Santos






Não era amor, era uma travessura.
Não era amor, eram dois travesseiros.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde.
Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.
Não era amor. Era MELHOR.”

Martha Medeiros

Mais Ainda Te Amo !!!


Jose Carlos Ribeiro




Meu mundo esta acabando,
Junto com meus Sentimentos por voce

Eu choro gotas de sangue,
E as bebo como se fossem vinho.

Eu vejo a chuva descer pelo céu
Como o sangue que escorre de um corte
O corte vem de meu coração

Que está partido pela perda de seu amor
Um amor que teve um fim trágico

Marcado por sua morte,
Meu amor eu daria minha alma
Minha vida para te ter
Uma única vez em meus braços
Nao posso mais, eu quero
Eu sei que devo te esquecer,

Mais ainda te amo !!
E você partiu sem saber,
Eu queria ao menos te falar
Que ainda te amo !!!

Olhos nos olhos


Fatima Pessoa





Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz


Chico Buarque

Agora preciso




Fatima Pessoa





Agora preciso de tua mão, 
não para que eu não tenha medo, 
mas para que tu não tenhas medo. 
Sei que acreditar em tudo isso será, 
no começo, a tua grande solidão. 
Mas chegará o instante em que me darás a mão, 
não mais por solidão, mas como eu agora: 
Por amor.

Clarice Lispector

À Verdade Sem Subterfúgio


Ereni Wink





Uma brisa estranha entra na janela interior.
Vem e espalha por meu pequeno universo
tudo o que colheu além, pelo léu, disperso.
Um cicio, vozes, o aroma de misteriosa flor.

E folha a folha abre o meu livro esse vento.
Nascem centos de finas páginas, ilegíveis,
linhas táteis; aí vou tocar pontos sensíveis.
Emoções de gás que brotam de momentos.

Mínimas porções... Filamentos que sentem!
Um vaivém de novas sensações, sementes,
dos futuros gestos, amores;a ânima silente.
Luas manifestas em meu jardim se refletem.

...Chegam aqui neste lugar, o último refúgio,
aonde finda todo o corpo e principia a alma.
Meu derradeiro limite entre o dentro e o fora.
Aqui me entrego, à verdade sem subterfúgio.

Rosemarie Schossig Torres

A importância da amizade



Marcelo Pardini






Nestas curtas linhas...
Os amigos são a inspiração.

Sorriso sincero, brilho nos olhos...
Amor gratuito!

Originária do latim “amicus”...
Ou seja: derivativo de amar.

Sinceridade (o alimento da cumplicidade).
A amizade não precisa de tradução.

Cooperação (o partilhar momentos juntos).
Relações de ganhos sem perdas.

Companheirismo, risos largos.
Vôos rasantes? Não. Na amizade, pés no chão.

Sem medo de agir, nem de falar...
O ouvir se dá sem redomas.

Quando é real, a amizade ganha força...
Não importa a distância, tampouco o tempo.

A amizade só faz bem...
Àqueles que a mantêm!

*O livro Rimas & Versos está à venda em contato@marcelopardini.com.br. O preço do exemplar autografado é R$ 40,00 - já inclusas as despesas de postagem.

EU NÃO QUERIA



Douglas Fernando Andrade Moresco




Eu não queria perder a calma,
não queria chorar minha alma...
Mais como reagir,
Sem pensar em desistir...

Se a paisagem é uma cortina cinzenta...
E o planeta se lamenta...
Chovem lágrimas ácidas de chuva,
São os céus pedindo ajuda...

Se os detentores do poder,
Não querem se desfazer...
Da busca pela riqueza e da economia em expansão,
Imitam seus chaminés, um vulcão em erupção...

Eu não queria perder a calma,
não queria chorar minha alma...
Mais como reagir,
Sem pensar em desistir...

Pois mãe natureza não é mais como um dia,
Já está desacertada, age com rebeldia...
Já era pra ter colhido aquela semente lançada ao chão,
Mais os céus estão azuis, não se ouve o trovão...

Se no mar não se vê mais calmaria,
As águas estão subindo, demonstram euforia...
Onde tinha gelo, lá onde são os pólos,
Não se vê mais o branco, pois já aparece o solo...

Eu não queria perder a calma,
não queria chorar minha alma...
Mais como reagir,
Sem pensar em desistir...

Não há como esquecer, eu vivo neste planeta,
E estamos nos destruindo, com a rapidez de um cometa...
O mundo como era antes, agora é só lembrança,
E o que resta reclama, e vê em ti a esperança...

Douglas F. A. Moresco

O AMOR MADURO




Zina de Miranda






O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas quase silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido, colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações:
presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas:
amplia-se com as ausências significantes.

O amor maduro tem e quer problemas,
sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas
de construir o bem e o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.

 A.TÁVOLA

COMPARAÇÃO



Claudio Caldas Faria





"Eu sou fraca e pequena..."
Tu me disseste um dia.
E em teu lábio sorria
Uma dor tão serena,

Que em mim se refletia
Amargamente amena,
A encantadora pena
Quem em teus olhos fulgia.

Mas esta mágoa, o tê-la
É um engano profundo.
Faze por esquecê-la:
Dos céus azuis ao fundo
É bem pequena a estrela...

E no entretanto _ é um mundo!

{1884} Euclídes da Cunha -

Amor é isto:


Neusa Paixão




Amor é isto:
a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação.
De alguma forma a gota de chuva aparecerá de novo,
o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora.
Morte e ressurreição.
Na dialética do amor, a própria dialética do divino.
Quem não pode suportar a dor da separação,
não está preparado para o amor.
Porque o amor é algo que não se tem nunca. É evento de graça.
Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera.
E quando ele volta,a alegria volta com ele.
E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência,
pela alegria do reencontro.


Rubem Alves



Neusa Paixão




Compreendi, então,
que a vida não é uma sonata que,
para realizar a sua beleza,
tem de ser tocada até o fim.
Dei-me conta, ao contrário,
de que a vida é um álbum de mini-sonatas.
Cada momento de beleza vivido e amado,
por efêmero que seja,
é uma experiência completa
que está destinada à eternidade.
Um único momento de beleza e amor
justifica a vida inteira.

Rubem Alves

Um Arco Íris



Carmen Alice Ribeiro





Um Arco Íris muito especial para vc...com muito AMOR FÉ e ESPERANÇA!!!
Não esqueça... Não há maior arco íris em nossas vidas,
que aquele que vem aos nossos corações depois da chuva!

Cada dia tem uma guarnição de prata. E cada dia de chuva deixa um brilho especial... Um arco íris!!!

O Vermelho é a cor do amor, do romance e da paixão, das rosas maravilhosas e do sangue que leva à vida. O LARANJA é a cor da abundancia, das frutas e da colheita do outono com o por do sol glorioso.

O AMARELO é a cor da felicidade, do sol e das flores brilhantes. O VERDE é a cor da natureza, das arvores, dos campos e dos bosques. Assim como da Esperança! O AZUL é a cor da vida, do céu claro, do ar que respiramos, e da água que cobre a terra.

O ÍNDIGO é a cor da noite... e dos sonhos. O VIOLETA é a cor da paz, do mar profundo e dos raios do amanhecer. A vida é um arco íris maravilhoso!
E, lembra que ...se vc deseja ver um arco íris...tem que tolerar a chuva!


Declaro



Lúcinha Santos





Declaro: Não sou auto-suficiente
Confesso: Também sofro
Assumo: Preciso das pessoas
Honestamente falando: Sou humana, normal e sofro!
Estou trilhando um caminho sem volta!
Uma viagem possível de se fazer sozinha...
Mas todos que cruzam a estrada contribuem de alguma forma, ou interferem no meu curso.
E a todos sou grata... a alguns em especial
Especialmente quando entendem o que quero dizer...
A outros, sou mais grata ainda, por me entenderem em silêncio!


Quando você chega




Dandara Costa Souto





"Quando você chega tudo se ilumina!"

Não poderia dizer mais do que isso, pois a verdade mora dentro dessas palavras,
e me toma por inteira, invadindo cada lugar sem pedir licença, mas não carece pedir, já sou tua e tua estou assim há muito tempo...
sim, do beijos massalados e desse sorriso doce e gostoso está aqui marcando os meus lábios...
você... moço pequeno grande... Ah! sim, é verdade...
já estou aqui a pincelar cores de sorrisos vários no ar e simplesmente a sentir essa luz... vem sem medo, tua eu já sou por inteira!
Massalados beijos meu ontem, durante e quando a vontade bater...


Você faz parte daqui