Aníbal Bastos
Com fé e determinação,
Mandei ler a minha sina,
Para saber quem determina,
O motivo e a razão,
Da força que nos domina,
Nesta vida de ilusão!
Pela voz da quiromante,
Quis saber toda a verdade,
O meu porquê da ansiedade
Que sinto a cada instante,
Desta imensa saudade,
Dum passado bem distante!
Olhando as linhas traçadas,
Na palma da minha mão,
Disse-me com emoção,
Ao ver algumas cortadas,
- Aqui morreu de paixão,
Alguém em vidas passadas!
De entre todas a maior,
Não tinha sequer um corte,
Bem acentuada e forte,
Porque era a linha da dor
Que tivera melhor sorte,
Do que a linha do amor!
E das linhas e dos montes
Que palma da mão contém,
Dizem que corre também,
A água pura das fontes
E de ali se vê mais além,
Do futuro, os horizontes!
E depois da sina lida,
Meditei no que ouvira,
Se era verdade ou mentira!
Mas minha alma adormecida,
Quando acorda suspira,
Por outra sina na vida!
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