Aníbal Bastos
SINA
Diz-se que a nossa sina,
É o poder que determina,
O rumo da nossa vida!
E desde o nascer à morte,
É quem talha a nossa sorte
E terá que ser cumprida!
A ser assim de verdade,
Tira-nos a liberdade,
Do poder de decidir!
O que queremos ou não ser!
O que devemos fazer!
E qual o trilho a seguir
- A sina sou eu quem a faz!
Diz o forte e o audaz
- A mim ninguém me destina!
Mas quando lhe foge a sorte,
Já não é audaz, nem forte
E diz mal da sua sina!
Por isso ninguém se iluda
Que às vezes a vida muda,
Sem aparente razão!
Será caso para perguntar,
Se devemos acreditar,
Se existe sina ou não?
Existem linhas traçadas
E muitas delas cortadas,
Na palma da nossa mão!
Que à luz do Sol se destapa,
Deixando-nos ver o mapa,
Da nossa sina, ou missão!
Numa ilusão seguida,
Fugindo à sina da vida,
Andamos ontem e hoje!
Porém à sina da morte,
Por mais que se seja forte,
A essa sina, ninguém foge!
A. Bastos (Júnior)
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