Aníbal Bastos
De que servem os lamentos,
Se não desviam os ventos,
Nem cessam a tempestade!
Para acabar maus costumes,
Não fazem falta queixumes,
Mas sim força de vontade!
Para algo se conseguir,
Ninguém se ponha a dormir,
À espera que aconteça;
Um milagre que desfaça,
Nesta vida a desgraça
E a “sorte grande” apareça!
Quem confia nas promessas,
Vê-as depois às avessas,
Feitas por quem prometeu!
Enquanto não abrir os olhos,
Não se livra dos escolhos,
Que por si mesmo escolheu!
Mentiras e mais mentiras,
Ao som das harpas e liras,
Dos trovadores da má sorte!
Que em trovas de desgarrada,
Dizem que é sina marcada:
- O fraco ser burro do forte!
Talvez um dia a razão,
Faça luz aos que estão,
Fechados dentro de um saco!
Quando isso acontecer,
Será altura para se ver,
Quem é forte e quem é fraco!
A. Bastos (Júnior)
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