Aníbal Bastos
Uma vida sem amor,
É braseira sem calor,
Tal como cinza apagada!
Uma mão de nada cheia
Que por sua vez se enleia,
Noutra mão cheia de nada!
Uma paixão de momento,
É fogo de pouco alento,
Como Sol de pouca dura!
Se o amor não a alimenta,
Pouco tempo se aguenta,
Não passa de uma aventura!
Para se amar de verdade,
Tem de haver na realidade,
Calor, paixão e loucura;
Mas sempre acompanhado,
De um gesto apaixonado,
De carinho e de ternura!
Amor sincero entre dois,
Não tem antes nem depois,
Mas sentimentos constantes!
Não se alteram as paixões,
Nem morrem as ilusões,
Porque as almas são amantes!
E deste forma te enlevo,
Nos versos que para ti escrevo,
Meu doce amor inventado!
Da nossa vida ausente,
No nosso peito presente,
Como eterno enamorado!
A. Bastos (Júnior)
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