Fátima Custódio(Em homenagem ás mãos de mãe)
Palavras inocentes
Nem sempre são iguais,
Palavras de criança,
Podem doer como punhais,
Uma mãe que o sabe ser
Aceita com compreensão
Quando um filho lhe diz:
"Que áspera é a tua mão!
Recordações de infância,
Distantes, e sinto-me fria,
Quando oiço do meu filho
As palavras que eu dizia.
Aquelas mãos que eram ásperas,
hoje sei dar-lhes valor,
Em tudo trabalhavam,
A nada tinham temor!
Mãos que me levantavam
Com carinho sempre que eu caía,
Que me mediam com orgulho
Na medida que eu crescia;
Mãos que me lavaram,
E me ajudaram a crescer;
Mãos que com um gesto
Me ensinaram a viver,
Que tudo conheciam!
Só às jóias eram alheias,
Mãos douradas, preciosas
E que eu achava feias!
De: Fátima Custódio
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