PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

FATIMA CUSTÓDIO - Prosas do Tema = RECORDAÇÕES




Fátima Custódio
(Em homenagem ás mãos de mãe)



Palavras inocentes 

Nem sempre são iguais,
Palavras de criança,
Podem doer como punhais,
Uma mãe que o sabe ser
Aceita com compreensão
Quando um filho lhe diz:
"Que áspera é a tua mão!



Recordações de infância,
Distantes, e sinto-me fria,
Quando oiço do meu filho 
As palavras que eu dizia.



Aquelas mãos que eram ásperas, 
hoje sei dar-lhes valor,
Em tudo trabalhavam, 
A nada tinham temor!



Mãos que me levantavam 
Com carinho sempre que eu caía,
Que me mediam com orgulho
Na medida que eu crescia;



Mãos que me lavaram, 
E me ajudaram a crescer;
Mãos que com um gesto 
Me ensinaram a viver,



Que tudo conheciam!



Só às jóias eram alheias,
Mãos douradas, preciosas
E que eu achava feias!

De: Fátima Custódio


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