PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 1 de abril de 2012

ANIBAL - Prosas do Tema - Ausência




Aníbal Bastos
AUSÊNCIA




O ausente e o presente,
Serão oposto ou diferente?
Vejamos a realidade:
Usando os adjectivos,
Vamos encontrar motivos,
Que mostram uma igualdade!

Estar presente na falsidade,
É estar ausente da verdade!
E nestes termos desiguais,
Podemos ver acima de tudo,
Que diferente conteúdo,
Tem sentimentos iguais!

Assim também na poesia,
Tem de haver uma sintonia,
Entre o poeta e a musa?
Se o poeta quiser escrever
E se a musa não corresponder
A inspiração lhe recusa?

Este pensamento aberrante,
É uma ilusão contante,
De quem um dia julgou ser,
Minha musa de verdade!
Quando na realidade,
Trouxe-a comigo ao nascer!

Este ser imaginário,
Quando julgamos necessário,
Damos lhe o corpo de alguém!
Corpo que a musa veste,
E que por mais poder lhe empreste,
Não o deixa ir muito além!

Por isso tem bem assente
Que não és presente, nem ausente
Que não chegaste, ou partiste!
Que não és viva nem morreste,
Nem julgues que em mim viveste,
Porque tu, nunca exististe!

Neste presente recado,
Não há ausente guardado,
Nem os dois em combinação!
Há apenas o constatar
Que só tiveste lugar,
Na minha imaginação!

Neste tema de “ausência”
Utilizei a prudência
Que o tema me mereceu!
Veste de musa à vontade,
Mas noutra realidade!
Nesta! O poeta sou eu!

A. Bastos (Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui