Aníbal Bastos
Um segredo revelado,
Pode ser utilizado,
Como faca de dois gumes:
Tornar um amor mais forte,
Ou condená-lo à morte,
Ao tentar fazer ciúmes!
Se alguém conta um segredo
Que é só seu, e, não tem medo,
Assume a responsabilidade,
Como um ser que não se esconde
E às perguntas responde,
Somente com a verdade!
Porque a verdade é só uma;
Não esconde coisa alguma,
Por mais dura que ela seja!
Não é como a mentira
Que às vezes chora ou suspira,
Para alcançar o que deseja!
Quando as afirmações,
Contêm contradições,
Tornam-se de certo modo,
Num transparente vestido
Que mesmo sem ser despido,
Deixa ver o corpo todo!
Na forma de se expressar,
Quando se quer enganar,
No falar, ou no escrever!
No som, ou nas entrelinhas,
Encontram-se as “verdadinhas”
Que se pretende esconder!
Certos segredos escondidos,
São no silêncio os gemidos,
Que na alma têm guarida!
Por não se querer assumir,
Vive-se a vida a fugir,
De nós mesmos e da vida!
Não penses que são para ti,
Estes versos que escrevi,
Numa versão incompleta!
Pois são só e simplesmente,
O que deste tema sente,
A alma de um poeta!
A. Bastos (Júnior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário