Aníbal Bastos
TEMPESTADE
Deitando num copo de água,
Duas pitadas de mágoa,
Misturadas com saudade!
Umas gotas de ciúme,
Mais uns pingos de azedume,
Cria-se uma tempestade!
Sem haverem vendavais,
Nem chuvas torrenciais,
No nosso peito a verdade,
Por vezes é dor pungente,
De tal forma que se sente,
O fragor da tempestade!
Quando se sente a fugir,
Do nosso rosto o sorrir,
Da nossa vida a vontade!
É esta agonia atroz
Que fica dentro de nós
Ao passar da tempestade!
Quando o dia escureceu,
Porque o Sol escondeu,
De nós a felicidade!
No fundo da nossa alma,
Morre a paz e a calma,
Só fica a tempestade!
Talvez um dia quem sabe,
Esta tempestade acabe,
E com ela a ansiedade!
E os raios da esperança,
Façam raiar a bonança,
Levada pela tempestade!
A. Bastos (Júnior)
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