PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Hiatos



Josemir Tadeu Souza



Quando em vez fico pasmo diante o que traduz em verdades,
nossos átimos de segundos.
O que ontem ardia-me importante, hoje não passa de um momento desafortunado.
Um delírio... um pulo de coração preso, no breu do pesadelo ermo, que feito praga, consome...
nem sempre o que se especula, o que pulula, o que febril faz-se anunciado,
traz no intimo, sequer um resquício infimo de coisa qualquer... feito pó, vem e some.
Meu coração jamais se cansa, mas já não afiança quaisquer lampejos moribundos.
Escrevo, luto, coloco-me em luto, quando engano-me...
Já não cabe em minha estrada vivida, dar espaços à esperanças desvalidas,
e ficar em êxtase, esperando respostas de perguntas, que descabidas,
foram explicitadas em um momento, onde a necessidade, fêz-se irracional.
Não me constrange a raiva, pois ela é passageira.
O que deixamos escapar pelos entrementes de nossas mentes,
quando nossas idéias, nossos projetos, são sementes rasteiras,
não devem ser decodificados, observados ou notados.

No ontem em mim, algo fêz-se aflorar, forma louca, impueril, acéfala,
em minhas sensações carentes e desconexas.
No hoje, aquilo que se preciptou forma incoerente,
já não faz parte de minha mente, que abstraída de rompantes, sente,
raciocina, compara, se faz clara, se veste consistente,
uma dádiva de querer e saber pensar realmente.

São ciladas e armadilhas, espalhadas pelas trilhas,
de nossas ilhas, acambarcadas pelo imenso oceano,
do quê realmente faz-se antever equilibrado, sem nódoa e engano.

Hoje desprendido da iniquidade improfícua, que por mim passeou no ontem,
refaço meu equilíbrio, observando o que se faz virar pó, e sumir.
Sinceramente, já nem me preocupo com o que eu mencionei ou disse...
devem ter sidos mediocres e insensatas tolices.
Sensações que se apoderam da gente, quando o racional nos abandona,
deixando-nos a mercê de sensações de frio ou quente, feito boneco em redoma.
É aí que descobrimo-nos capazes de inserirmo-nos na incompetência de nossa incapacidade,
totalmente gerada, gerida, tomada, pelas mãos do nada que menea pela estrada
do que cabalmente mente, e se esvai com incrível facilidade...

josemir (ao longo...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui