PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Amar a Saudade




Aníbal Bastos





Ando na vida à deriva,
Por ter a alma cativa,
De um sentimento antigo!
Um grande e profundo amor
Que se transformou em dor,
Mas esquecê-lo não consigo

De dia sonho acordado,
Relembrando o passado
E dos felizes momentos,
De amor e felicidade
Que vivemos de verdade
E hoje só restam lamentos!

De noite para meu castigo,
Passo-a a sonhar contigo,
Sonhando ter-te nos braços,
Como outrora novamente,
Mas acordo de repente,
Com minha alma em pedaços!

Às vezes pergunto à vida,
Porquê tanta dor sentida;
Da qual não lhe vejo fim!
A vida sorri trocista,
Mostra-me um ar fatalista,
E responde-me assim:

- Quando se acordam sentidos,
Há muito adormecidos,
Todo o cuidado é pouco!
Porque um amor acordado,
De um pesadelo passado,
Pode tornar-se num louco!

Procura outros caminhos,
Outros braços e carinhos,
Um novo amor de verdade!
Que te abrase o coração!
Pondo fim à ilusão!
- Deixa de amar a saudade!

A. Bastos (Júnior)

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