Aníbal Bastos
Sinto dor, sinto saudade,
Porque amei de verdade,
Do fundo do coração!
Mas a minha maior dor,
Não é desgosto de amor,
É apenas… desilusão!
E neste meu desespero,
Onde sem querer, te quero
E te perco sem perder!
Por mais que tente e queira,
Eu não encontro maneira,
De te conseguir esquecer!
Tu vives dentro de mim,
Como a rosa num jardim,
Ou como a água no mar!
És meu tudo e meu nada,
Na minha vida apagada,
Fizeste o Sol a brilhar!
Quando pergunto à vida,
Madrasta de mãe vestida,
A razão deste viver!
A vida de mim se esconde,
E através de ti responde:
-O teu destino é sofrer
Para ter conhecimento,
Da causa deste tormento,
Fui ao livro do passado!
Que me deu como resposta:
-O que a vida te mostra,
É tua sina! É teu fado!
Eu trago dentro do peito,
Um coração quase desfeito,
Por desgostos que sofreu!
O pouco dele que me resta,
Se para alguma coisa presta!
Guarda-o, porque ele é teu!
A. Bastos (Júnior)
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