Basilina Divina Pereira
A TARDE
Ouço o vento brincando nos coqueiros
e meu pensamento se esvai por entre as folhas.
Ah! O vento...
traz em si a liberdade que tentei.
A liberdade!
De longe te busquei o quanto pude
além da linha que se esconde no amanhã,
mas só achei distância e nostalgia.
Era dia.
Oh! Liberdade!
O vento chega
a sufocar o peito
e o pranto me traz alento e saudade.
saudade do que não tive e tanto queria.
Ainda era dia.
A tarde chega sozinha, sem a esperança.
berço da noite, alegria quase murcha,
num labirinto de mágoas e de estrelas.
minha alma chora
porque...tarde é quase nunca.
Noite. A brisa que baila nos coqueiros
sugere bonança, harmonia, madrugada
e um céu com estrelas... encobertas.
mas se há estrelas...
que venha a madrugada!
Basilina Pereira
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