Aníbal Bastos
AVES DO CÉU
Ave presa não canta com vontade,
- Apesar do seu trinar com vibração -
Como um condenado que na prisão,
Ao cantar vai matando a saudade!
Canto misto de dor e ansiedade,
De quem vive no meio da solidão;
Se o preso espera a libertação…
A ave, tem na morte a liberdade!
Só os seres de perfeita consciência,
Pelos seus erros devem ser julgados,
Sejam eles: má-fé, ou negligência!
Mas as aves do céu são diferentes,
Vêm os criminosos ser ilibados,
Elas, porém, são presas inocentes!
A. Bastos (Júnior)
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