Aníbal Bastos
A vida quando feita pervertida,
Troca-nos as voltas, tolhe-nos os passos,
Cria artimanhas e embaraços,
Faz de nós, figuras tristes, sem lida!
Inventa-nos caminhos sem saída,
Tece teias! Faz armadilhas e laços,
Desfaz o nosso ego em pedaços
E com gargalhadas troça escondida!
Como ontem, também assim é hoje,
O não desejado, bate-nos à porta
E o que mais queremos, sempre foge!
E por maior que seja a revolta,
A vida em si nada se importa,
Só vences sabendo dar-lhe a volta!
A. Bastos (Júnior)
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