Carmen Alice Ribeiro
“Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!”
(Mário Quintana)
Por algum tempo, a ingenuidade nos faz procurar o amor em pomares inférteis. Teimamos em escolher as árvores erradas, apanhando o fruto ainda verde. A cada mordida, a careta denuncia o gostinho amargo. Sem contar aqueles que passam do tempo, as tais frutinhas podres.
É preciso uma dieta inusitada, fechando a boca e o coração.
Mais leve, pudemos entender que a rima entre amor e dor é mero acaso. A fruta madura e doce não requer qualquer trabalho… Só pede um pouquinho de paciência e olhos bem abertos. Quando a gente menos espera, ela está ali, vermelhinha e ao alcance das mãos.
E...descobrimos que o verdadeiro amor, é fácil e doce!
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