Josemir Tadeu Souza
Despertar livre
das algemas...
na boca,
o gosto amaro
de tudo
o que não foi dito.
Nas mãos,
o tremor do que escrito
ganhou novo rumo.
Nos olhos,
as visagens finitas,
que por vezes turvas
tornam abstrusas
nossa vontades sãs.
O quarto...
visão de fortaleza.
Os livros,
uma ávida intenção
de mergulhar na natureza
dos saberes.
Pra quem não carrega vícios,
resquícios...
pra quem a eles se entrega,
fortes indícios
de que o sofrimento perspassa
e embrenha-se pela carne,
modo infinito.
A casa que nos abriga,
faz-se uma vertente estranha...
se despertamos em paz,
imersos na leveza de um sono
tranquilo,
ela faz-se mãe, que acalenta o filho.
Ao contrário,
se despertamos inseridos
de modo inteiro,
em momentos doridos,
ela faz-se cela imensa,
que nos mantém prisioneiros...
josemir(aolongo...)
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