PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 11 de março de 2012

Barco Sem Remos




Aníbal Bastos





Do meu barco, partiram-se os remos,
Como posso a outra margem alcançar?
Tenho horas marcadas para chegar,
Ao norte da vida, que nós perdemos!

Será por desdita, ou sina que nós temos,
Ou por maldição da vida a conjurar,
Para que, por mais que nos tentemos juntar!
Mais longe, um do outro, nós fiquemos?

Oh maldita sina que me persegues!
Por mais poder que tenhas, não consegues,
Evitar que passe para o outro lado!

Posso não conseguir outro transporte!
Impedir-me! Só pelas mãos da morte!
Porque se não for de barco! Vou a nado!

A. Bastos (Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui