Aníbal Bastos
A luz dos meus olhos esmoreceu,
As pupilas deixaram de brilhar!
Deixaram de ser estrelas do céu,
Porque as cegou a luz do teu olhar,
A luz dos meus olhos esmoreceu!
Hoje nos meus olhos há escuro breu,
Há noites e noites sem luar,
E porque neles o dia escureceu,
Deixando de poder ver o Sol raiar!
Hoje nos meus olhos há escuro breu!
Quando os meus olhos não vêm os teus,
São fontes de lágrimas a brotar,
Em águas que lhe dizem adeus,
Como rios que correm para o mar,
Quando os meus olhos não vêm os teus!
Os meus olhos, nos teus olhos, encontrados,
São estrelas, no azul do céu, brilhantes,
São como o fogo dos corpos enlaçados!
No amor e paixão cega dos amantes,
Os meus olhos, nos teus olhos, encontrados!
Os nossos olhos são graças de Deus
Que não permitem a voz silenciar,
Os nossos sentimentos não ateus,
Mas crentes pela voz do nosso olhar,
Os nossos olhos são graças de Deus!
A. Bastos (Júnior)
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