Fernando Martinho
As palavras dispersas
Desaparecem
Sem deixar rasto.
Cúmplices
Nos meus olhos
São as lavas de fogo
Numa imensidão
Sem dó
Nem compaixão.
Gestos longínquos
Flutuam sublimes
Como que a troçar de mim
E desta vida sem nome!
Os pensamentos são fumo,
Fumo em espiral,
Condensados numa vida
Vida que não tem nome!
E as páginas já escritas
São tantas vezes rasgadas
Pelos ventos das correntes
Que desviaram o rumo!
E numa vida sem nome
Conheço a subtileza
Dolorida das paixões,
Conheço os medos da alma,
E as cinzas dos vulcões.
Conheço a força da Vida
E ás vezes a vida não tem nome.
Fátima Custódio
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