PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A vida ás vezes não tem nome!





Fernando Martinho






As palavras dispersas 
Desaparecem 
Sem deixar rasto. 

Cúmplices 
Nos meus olhos 
São as lavas de fogo 
Numa imensidão 
Sem dó 
Nem compaixão. 

Gestos longínquos 
Flutuam sublimes 
Como que a troçar de mim 
E desta vida sem nome! 

Os pensamentos são fumo, 
Fumo em espiral, 
Condensados numa vida 
Vida que não tem nome! 
E as páginas já escritas 
São tantas vezes rasgadas 
Pelos ventos das correntes 
Que desviaram o rumo! 

E numa vida sem nome 
Conheço a subtileza 
Dolorida das paixões, 
Conheço os medos da alma, 
E as cinzas dos vulcões. 

Conheço a força da Vida
E ás vezes a vida não tem nome. 

Fátima Custódio

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