PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Janela






Angela Mendes





Hoje voltei á minha janela. A janela debruçada sobre o mar. O mar calmo, azul e tão brilhante. Espelho do astro rei e cama prateada das luas distantes quando passeiam pelos céus. Voltei á janela onde todos os sonhos aconteceram e onde todos os sonhos morreram. Sonhos decapitados. Por uma mão invísivel. Jazem agora calcados no chão. Amarrotados como papel sem valor. Como página solta dum caderno que há muito se perdeu. Onde todos os sonhos adormeceram. Deixa-os dormir!

Dá-me a tua mão e vem comigo ver o mar.
Dá-me a tua mão e vamos inventar um lugar novo que ainda ninguem conhece.
Um lugar aquém do infinito. Onde se possa sentir a vida. Num sopro morno de paz. A paz que se quer tranquila.
Há um caos na minha mente.
Dá-me a tua mão mão e vem comigo ver o mar!


(Fátima Custódio)

Um comentário:

  1. A Autora do texto acima é Fátima Custódio...uma poetisa do nosso grupo. Parabéns a ela pela maravilha que nos proporcionou na leitura deste.

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