PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

FONTE





Aníbal Bastos




Dá-me água da tua fonte,
Para matar a minha sede,
Porque a nuvem no horizonte
Que por vezes o sol esconde,
Se lhe pedirmos responde:
- Abri os olhos e vede!
E eu quero subir ao monte
De onde jorra a água da fonte,
Para matar a minha sede
Que o meu corpo do teu pede!
Que de ti quero beber,
Até ficar embriagado
Pelo vinho fermentado,
Nos gemidos do prazer
Se não fosse a tua saia,
Mostravas onde se espraia,
A origem de todo o ser,
Mas que teimas em esconder
E assim morremos na praia,
Enquanto o mar desmaia,
Vendo as ondas morrer!

A. Bastos (Júnior)

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