Aníbal Bastos
Dá-me água da tua fonte,
Para matar a minha sede,
Porque a nuvem no horizonte
Que por vezes o sol esconde,
Se lhe pedirmos responde:
- Abri os olhos e vede!
E eu quero subir ao monte
De onde jorra a água da fonte,
Para matar a minha sede
Que o meu corpo do teu pede!
Que de ti quero beber,
Até ficar embriagado
Pelo vinho fermentado,
Nos gemidos do prazer
Se não fosse a tua saia,
Mostravas onde se espraia,
A origem de todo o ser,
Mas que teimas em esconder
E assim morremos na praia,
Enquanto o mar desmaia,
Vendo as ondas morrer!
A. Bastos (Júnior)
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