Basilina Divina Pereira
FLOR HIPOTÉTICA
A ideia me persegue.
A mesma ideia...
que adentra o recorte da janela
e insiste em dissolver minhas convicções.
Com sua teimosia viscosa, volteia,
querendo devassar meus devaneios e
lubrificar a película das palavras.
Físsil tentativa!
Como se fosse possível dispersar o sonho
que repousa atrás das persianas do tempo
e só acorda com a chuva que não molha,
mas continua a escorrer lá fora.
Continuo pensando...
que a pele do mundo é vesga,
e ninguém quer beber sua própria sede.
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