Daisi Oliveira de Souza
Indiferença
Quem de nós não foi indiferente um dia,
Trazendo consigo a agonia
Cientes da dor que causaria?
Sádicos disfarçados em querubins.
Expelindo sentimentos ruins.
A indiferença é um veneno
Na sua agressiva lentidão,
Destrói por completo um coração.
Sábio é aquele que usa a indiferença
Para as coisas tolas do mundo.
O pai da psicanálise acreditou
Que a indiferença é o oposto do amor;
Na minha modesta visão feminina
Preciso discordar, não soube avaliar
O que realmente é amar.
O amor real é o maternal sem limites, incondicional,
Independente do filho ser bom ou mau.
Jamais seríamos indiferentes às nossas crias.
O que resta, é amor carnal, nada divinal.
Paixões avassaladoras pouco duradouras
Como revelia ao término da tirania conjugal
O desprezo se faz presente, feito castigo
Na tentativa de negar a sua fragilidade,
Ocultando sua própria identidade.
* Daisi Oliveira de Souza
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