Maria Salete Ariozi
No meu silêncio, acena uma presença,
percorro a casa, sem nada encontrar.
Quem me visita, com alma tão densa?
Pelas janelas, só brisa e luar...
Por que me envolve, assim sutil, intensa...
Não a vislumbro... Sinto seu olhar.
Será real, ou sou eu quem a pensa?
São as lembranças, que não sei calar?
Desço ao jardim...A noite é triste, fria...
As flores dormem, sinto-me vazia...
Vôo sem rumo, sem céu derradeiro.
E ouço o murmúrio, leve, sorrateiro:
Eu sou em ti, até à eternidade,
eu sou tu’alma em pranto de saudade!
- Patricia Neme
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