Carmen Alice Ribeiro
"Meu caminho junta-se ao caminho de todos. E em seguida vejo que desde
o sul da solidão fui para o norte que é o povo, o povo ao qual minha humilde
poesia quisera servir de espada e de lenço para secar o suor de suas grandes
dores e para dar-lhes uma arma na luta pelo pão."
Pablo Neruda
Neruda foi um raio de luz e esperança de um povo que não devia ser
pisado pelas botas da ditadura. O relato está no tempo presente: presente-
mais-que-passado, presente-mais-que-futuro, pois a obra de Pablo Neruda
está presente, o povo está presente. Presente no Canto geral de um poeta
do povo que deixa por escrito um testamento poético de luta por um porvir
mais justo.
"E a minha voz nascerá de novo,
talvez noutro tempo sem dores,
sem os fios impuros que emendaram
negras vegetações ao meu canto,
e nas alturas arderá de novo
o meu coração ardente e estrelado."
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