Aníbal Bastos
MONTANHA
Elevação mais alta que um outeiro
Que realça a linha do horizonte!
E, é também na crista do seu monte
Que nasce e se põe, o Sol prazenteiro!
Apesar do teu porte altaneiro,
Não falta, contudo, quem se apronte,
Entrar-te nas entranhas; beber na fonte,
A água do teu corpo verdadeiro!
Se fosses tu montanha e eu trepador,
Tentaria escalar-te até ao cume,
Derretendo o teu gelo no meu calor!
Sentir a brisa suave que afaga,
O teu todo irradiando perfume,
Da lembrança que o tempo não apaga!
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