PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Fado Maldito




Aníbal Bastos





Meu triste fado,
Amargurado,
Não foi cantado, por um fadista!
Sem violas, nem guitarras,
Soltou amarras,
Mesmo sem garras, é fatalista!

É um lamento,
De um sofrimento,
Que no pensamento, é dor constante!
Ruma sem norte
Que de tal sorte,
Nem a morte, lhe é importante!

A dita sina
Que o domina,
Não ilumina, os seus caminhos!
Não é uma rosa,
Bela, formosa,
É caprichosa, coroa de espinhos!

Fado maldito,
É voz do grito,
Rouco, aflito e amordaçado!
Não tem sentido,
Nem é ouvido,
É perseguido e maltratado!

Roseira sem flor,
Manto de dor,
De um grande amor, abandonado!
Candeia sem luz,
Pesada cruz,
Que me conduz, a este fado!

A. Bastos (Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui