Jorge Morais
…
perco-me no encoberto
das palavras
que não te digo
no perfume que inalo
das conversas escritas
cujas flores
em rosas se transformam
vocábulo que o tempo
teima em transmutar
em coisas passadas
silencio amordaçado
balança de promessas
juradas
é no papel
que deposito magoas
sentidas
fiel depositário das letras
que horizontalmente
nele caem
sem virgulas
nem pontos
somente silhuetas
criadas na imaginação
até que o ar
acabe por comer
sua negra cor
Nenhum comentário:
Postar um comentário