André Alves
Submeteu-me aos seus anseios
Estive agachado a te olhar
Você era fortaleza
Enjoava-se de mim
Com o menino que foi e
Um dia alguém clamou
Trouxe-me sei lá de onde esse olhar sério
Mas a testa enfezada
Igualou-se com a minha menos enrugada
Somos do mesmo tamanho
Herdei a altura que te ergue
Sirvo o verbo ser com movimento
Você não fez nada ser importante
Abro as nossas portas
Não ouso levantar meus tapetes
Areje-se com o filho que lembrará
Sim, sou parte sua
Queria rir
Com as cócegas que deixou de me fazer
Sou seu fôlego,
O esforço das suas mãos grossas
Delas, sobravam sovas
Repilo suas investidas
Porque já não quis as que um dia lhe chorei
No sofá que caberia no meio a sua presença
Nas curvas da estrada que percorrerei
Levarei minhas memórias
Não serei um pranto sôfrego
Deus te cuidará.
André Alves
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