Aníbal Bastos
Há certos beijos proibidos,
Por não serem permitidos,
Pelos lábios serem dados!
Ao sentirem-se carentes,
Tornam-se beijos ardentes,
Por nossos olhares trocados!
Sem pediram permissão,
À vontade, ou à razão,
Não se escondem a ternura!
E durante alguns instantes,
Como se fossem amantes,
Trocam beijos com doçura!
Nestes beijos diferentes,
Não estão bocas presentes,
Nem palavras sussurradas!
Está um suave e mansinho,
Calor de amor e carinho,
De almas enamoradas!
Calamos as nossas bocas;
Fizemos orelhas moucas,
Fugindo dos nossos beijos!
Por isso o nosso olhar,
Quando se pode encontrar,
Entre si matam desejos!
Quantas histórias há na vida
Que permanece esquecida,
O que os corações sentem!
Com palavras de fingir,
Podem as bocas mentir,
Os olhos, esses não mentem!
A. Bastos (Júnior)
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