Basilina Divina Pereira
PENSANDO EM DEUS
Houve um tempo em que DEUS
me espreitava com o chicote.
Meus joelhos eram frágeis
e dobravam-se a cada escorregão,
independente da luz e da textura do terreno.
Depois Deus vestiu casaca branca,
colocou coroa dourada na cabeça
e passou a andar com um cetro na mão.
Já não inspirava medo,
mas suscitava reverência, cerimônia,
um tratamento vertical e reverente.
Hoje Deus é meu amigo
e nosso relacionamento é de amor.
Gosto de falar com Ele quando olho o horizonte,
ao admirar e sentir o perfume das flores
e enquanto ouço o canto de algum pássaro
(feliz mesmo sem qualquer motivo).
Também quando me recolho ao silêncio
sinto Sua presença a me dizer com ternura:
“tudo bem, da próxima vez será melhor”.
Então deixo brotar um sorriso e entrego-me:
essa cumplicidade me basta.
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