PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Louvor à Unidade




Claudio Caldas Faria





Escafandros, arpões, sondas e agulhas
Debalde aplicas aos heterogêneos
Fenômenos, e, há inúmeros milênios,
Num pluralismo hediondo o olhar mergulhas!

Une, pois, a irmanar diamantes e hulhas,
Com essa intuição monística dos gênios,
A hirta forma falaz do aere perennius
A transitoriedade das fagulhas!"

- Era a estrangulação, sem retumbância,
Da multimilenária dissonância
Que as harmonias siderais invade.

Era, numa alta aclamação, sem gritos,
O regresso dos átomos aflitos
Ao descanso perpétuo da Unidade!

A. dos Anjos

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