PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Fascínio




Claudio Caldas Faria






De onde vem esse fascínio que me envolve?
De onde vem essa emoção que agora sinto?
Talvez seja do mar que a terra invade,
talvez seja do cheiro do sal, ou do calor molhado.
Olhando o horizonte fui contente,
mas agora restam o céu e o grito fino...
das gaivotas que me cercam, que me olham,
preso as garras desse amor... minha corrente.
E esse mar imenso me convence
que eu tenho que lutar, romper limites...
seguir rompendo com coragem, bravamente.

De onde vem esse fascínio que me resta?
de onde vem a solidão, que é tão presente?
Talvez do canto fino das gaivotas,
talvez do céu azul, da areia quente,
olhando o horizonte, o céu, a espuma,
eu vejo além do mar profundo e belo,
entendo seu mistério, seu suspence.
No grande mar que luta e não desiste
renovo a minha força, sufocada...
imito o mar bravio e luto novamente.

De onde vem essa emoção que agora sinto?
De onde vem esse fascínio que me envolve?
Vem do teu corpo, porto cáis, minha chegada.
Vem do teu amor, salgado, diferente.
Que me prende, me amarrra e devolve...
pra minha vida um gosto doce, vivo e quente.
E toda graça de te amar... profundamente!

Dete Reis · São João de Meriti, RJ
22/8/2008 ·

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