PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Fado Maldito




Aníbal Bastos




Meu triste fado,
Amargurado,
Não foi cantado, por um fadista!
Sem violas, nem guitarras,
Soltou amarras,
Mesmo sem garras, é fatalista!

É um lamento,
De um sofrimento,
Que no pensamento, é dor constante!
Ruma sem norte
Que de tal sorte,
Nem a morte, lhe é importante!

A dita sina
Que o domina,
Não ilumina, os seus caminhos!
Não é uma rosa,
Bela, formosa,
É dolorosa, coroa de espinhos!

Fado maldito,
É voz do grito,
Rouco, aflito e amordaçado!
Não tem sentido,
Nem é ouvido,
É perseguido e maltratado!

Roseira sem flor,
Manto de dor,
De um grande amor, abandonado!
Candeia sem luz,
Pesada cruz,
Que me conduz, a este fado!

A. Bastos (Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui