Aníbal Bastos
Meu triste fado,
Amargurado,
Não foi cantado, por um fadista!
Sem violas, nem guitarras,
Soltou amarras,
Mesmo sem garras, é fatalista!
É um lamento,
De um sofrimento,
Que no pensamento, é dor constante!
Ruma sem norte
Que de tal sorte,
Nem a morte, lhe é importante!
A dita sina
Que o domina,
Não ilumina, os seus caminhos!
Não é uma rosa,
Bela, formosa,
É dolorosa, coroa de espinhos!
Fado maldito,
É voz do grito,
Rouco, aflito e amordaçado!
Não tem sentido,
Nem é ouvido,
É perseguido e maltratado!
Roseira sem flor,
Manto de dor,
De um grande amor, abandonado!
Candeia sem luz,
Pesada cruz,
Que me conduz, a este fado!
A. Bastos (Júnior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário