PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 3 de junho de 2012

Entre o Céu e a Terra


Daisi Oliveira de Souza

Amigos, 
O texto que vou postar, me veio com muita rapidez e clareza quando olhei para as portas, relutei em postar, mas.. como nada é por acaso...vamos lá!



Entre o céu e a terra

Sem um propósito de vida, deixamos de encontrar nosso Deus interior. Damos muito mais amor a outras pessoas do que a nós mesmos, ou não nos amamos. Que infantilidade acreditar que podemos dar aquilo que não possuímos. Por isso, observamos o desamor se proliferando pelo mundo como vírus, disfarçado de amor. O antídoto está tão perto... E, no entanto preferimos não usá-lo; claro, nos custaria caro olhar para dentro ,tentar um autoconhecimento .
Vivemos inconscientes de tudo o que realmente somos e porque estamos aqui, é tão mais fácil acreditar que vivemos por acaso, sem compromisso com nossa própria vida, com nossa evolução, viver na superficialidade. As ilusões do mundo nos afastaram da nossa santidade,preferimos viver a beira da insanidade.
A descoberta do Eu, gera medo, porque temos ainda uma consciência que não mente e sabemos exatamente o que somos ou melhor no que nos tornamos. É difícil mesmo se confrontar com nossas vaidades, sentimentos mesquinhos que alimentamos com tanto carinho com medo de mudar, sim medo porque a mudança traz transformação e com ela muitas vezes solidão, pois ser diferente da maioria por vezes causa uma certa histeria exterior.
A rejeição inicial faz parte do processo de evolução, contudo outros se aproximarão identificados com as qualidades deste novo ser,com a energia emanada. Estes se reconhecem, procuram uns aos outros energeticamente, porque querem falar a mesma linguagem, estar na mesma vibração. A vida é uma troca, tem que dar para receber; um eterno largar, sempre para cada escolha existe um abrir mão de ... Liberamos o velho para a chegada do novo.
Quando nos esforçamos como um explorador viajando em nosso interior, alimentando nossa mente com informações que nos causam serenidade se manifesta um misterioso processo criativo, inesperado, transformador que nos faz ter um olhar multidimensional para as paisagens da vida; nos sentimos mais calmos,receptivos,incluídos, adquirimos a mestria de governar nossos atos e pensamentos,deixamos de ser influenciáveis para sermos conscientes de nossas escolhas e pacientes conosco,respeitando o ritmo da vida.
Precisamos com urgência entender que estamos divididos entre o céu e a terra,somos filhos da matéria, sustentados por uma essência espiritual.
E quando isso acontecer, aí sim poderemos dar o nosso amor, nosso melhor abraço, melhor carinho a qualquer ser vivo deste planeta, pois estaremos definitivamente preenchidos com o amor divino e nos amando como deve ser. Neste momento pouco importa se teremos o retorno naquele mesmo instante, porque sabemos que colheremos exatamente aquilo que plantamos.

(Texto de Daisi Oliveira de Souza )
Curitiba 01 de junho de 2012

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