Aníbal Bastos
ROSAS
Rosas em jardins floridas,
Deveriam ser as vidas,
De todos os seres humanos!
Belos canteiros de flores,
A germinarem amores,
Distantes dos desenganos!
Com um perfume de encanto,
Vestindo diáfano manto,
Para realçar a beleza!
Irradiando ternura,
Um perfume de doçura,
Exala a flor da pureza!
Entre as minhas flores preferidas,
Há Rosas, Dálias, Margaridas
E outras tantas que não sei,
O nome por serem tantas,
Tantas que não sei quantas,
Quantas as flores que amei!
Apesar da minha audácia,
Nem sempre tive eficácia,
A distribuir os carinhos!
Muitas das rosas floridas,
Por outras mãos foram colhidas,
Deixando para mim os espinhos!
No meio de tantas flores,
Sofri tristezas e dores.
Por não ser amor-perfeito!
Se há sentimentos que afago,
Há dores que ainda trago,
Comigo dentro do peito!
Sem batuta de maestro,
Sem ser nas mãos ambidestro,
Para dirigir a sinfonia!
Escrevo alegoria às flores,
Sobretudo aos meus amores,
Dos quais guardo nostalgia!
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