PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Quando Chove!


Claudio Caldas Faria





Toda vez que chove lembro de você
Basta uma chuvinha, não precisa ser temporal
E acho que sei o porque
Que quando chove, me sinto tão mal
Não é pelas lágrimas que ainda são derramadas
Ou pelos soluço do meu choro inteiro
Nem mesmo por você não representar mais nada
Ou mesmo por não ter sido o primeiro
Existiu médico, advogado, 
Arquiteto, policial e até engenheiro
E a minha vida era só alegria
Se chove eu apenas me recordo
De quando olhava pra cima e sorria
Assim, sem o menos, sem o mais
Apenas sorria e meu peito
Era um sonhos não queria acordar jamais
Me sentia em segurança
Sobre um teto e nada mais
E hoje quando cai a chuva
Pronto, leva também a minha paz
Por isso caio em prantos
E vou espalhando por todos os cantos
Recipientes, panelas e coisas sem fim
Como me lembro de você quando chove
Enquanto goteiras pingam em mim
Desgraçado, pedreiro chinfrim

Claudio Caldas Faria
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

Fiz este quando uma grande amiga (Ana L. Jorge) travava uma luta ferrenha com pedreiros que faziam uma obra um andar acima. 

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