Daisi Oliveira de Souza
Recôndito de minh’alma
Cobri-me de ouro e conforto,
Acreditando que o luxo bastaria,
Ignorando meus sentimentos
No recôndito de minh’alma.
Meu coração não era morto...
Mal sabia eu...
Num impulso masculino,
Bebi o vinho, já envelhecido
...Senti o gosto amargo
Servido num cálice dourado;
Teu segredo me foi revelado,
Amor ofuscado pelo medo,
Desprezado e incompreendido
Rompendo muitas vezes
A barreira da insensatez
A vida assim se fez.
Ignoravas as dúvidas que eu tinha,
Agora; desfeito o segredo,
Tiraste-me o sossego.
Desprezo o que o mundo me deu,
Nada que eu tenha irá me devolver
Meu complemento divino.
Continuo nesta jornada
De descobertas incessantes.
Por vezes os sonhos são tão reais
Que não desejo acordar jamais.
Volto a te buscar,
Pois misteriosa é a força,
Que ainda vive em meu peito.
Sinto a hora se aproximar
De o grande encontro acontecer,
No decorrer do tempo,
Não me permiti esmorecer,
Feito guerreira incansável,
Ainda ouvirei meu coração cantar
De alegria e prazer.
* Daisi Oliveira de Souza
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