Aníbal Bastos
Meio século de existência,
É muito tempo de vida!
Dá para ter experiência,
Suficiente, se adquirida
Em plena consciência!
Segundo a luz da ciência,
Nem só nos livros se aprende,
As virtudes da decência!
E quem assim não entende,
Anda perto da demência!
Ser dotado de inteligência,
É todo o ser racional,
Embora haja a tendência,
De a usar no bem ou no mal;
Conforme a conveniência!
Se de moral há ausência,
Os fins justificam os meios,
Nem que seja a tendência,
De pôr a mão nos alheios
Amores, de preferência!
Esta forma de vivência,
É hábito já muito velho
Que faz esquecer a prudência
Que nos dá este conselho:
- Não vivas só da aparência!
Quem de afectos tem carência,
Por não os saber conservar,
Ou ser forte na exigência!
Para de novo os encontrar,
Terá de pedir clemência!
Se houver benevolência
Que aceite o pedido seu,
Não se vista de inocência!
Reconheça que perdeu,
Por falta de competência!
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