Maria Salete Ariozi
Foi tanto o tempo que jogamos fora,
submersos em detalhes sem sentido.
E o amor partiu, sem rumo, mundo afora...
Tristonho, aniquilado, dolorido.
Perdemos a ternura que houve outrora,
feriu-nos o ciúme desmedido;
restou-nos o relógio, que hora a hora,
nos cobra um sonho, ao desamor, banido.
Quem somos, que fizemos da ventura?
Por que nos condenamos à tortura
de um caminhar de infinda solidão?
Nós somos alma, vida, coração...
Sou tua, és meu... Não há outra verdade:
sou teu princípio, és minha eternidade!
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