PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sábado, 17 de março de 2012

Borboleta Mulher


Carmen Alice Ribeiro





Como um casulo meio seio graça
Se aninhou em meu peito, 
E ficou como quem nada quer
Contando os sóis
Contando as luas,
E foi-se desenvolvendo.
Criou cores, despertou amores
Em movimentos sedutores
Alcançou os céus.
Num suave farfalhar de asas
Meu coração se estremece,
Inebriado de paixão.
É você, linda borboleta!
Que enfeitiçou meus sentidos
Surpreendendo a minha alma
Borboleta-mulher.
Vejo-me amando um ser
Encantado que não sei direito
Como tratar.
Prender..., guardar só pra mim,
É a primeira vontade egoística
Que desponta.
Mas você é livre, 
Se prendo morrerá
Se solto voltará?
Você é forte que suporta o vento
E engana a tempestade.
Mas é tão frágil
Que se desmancha ao ar
Num leve tocar.
Ah! Borboleta travessa
Que não se cansa
De borboletear.

Daniel Mauricio

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