Josemir Tadeu Souza
Vento que sussurra na janela do meu íntimo
Uma melodia, que torna o meu maior desejo, num ato contínuo,
Onde os quereres se confundem,
Pois que as curvas das estradas estão desmatadas...
Não existem mais as folhas e os galhos verdes das plantas,
Para que eu possa deixar pistas...
Brisa que refresca nervosa e ressabiada,
Pois sabe que sempre despontará um temporal de forma desvairada,
E sujará de pó a trilha por onde os passos precisam ser dados...
Fogueira intensa que se faz mais imensa,
Quando a noite de medo lateja,
Pois sabe que a escuridão planeja
Destruir sua cintilante natureza,
E com ladina ardileza,
Deixá-la desnuda... exposta ao frio, como fosse corpo banido.
Sonhos de crianças, que se foram.
Visões de vertentes, que não vingaram.
Amigos que medrosamente retornaram.
Enfim todo um processo,
Onde o verso faz-se esdruxulo,
E se torna o reflexo
De uma ansiedade que ao nascer,
Foi totalmente envolvida pelo talvez,
E nem cresceu...
Nem se fez...
josemir (ao longo...)
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