PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Silêncio





Lucrecia Rocha



Não sei mais de ti! 
Não tenho alguém que fale de ti! 
Não sei onde andas, 
Com quem andas 
Nem o que fazes em tuas andanças! 
Saudade! Saudade! Saudade! 

Não sei mais de ti! 
Meu coração chora 
Por não saber mais de ti. 
Naquela linda manhã de maio 
Em areia movediça desapareceste. 
Infausto maio! 

Eu tudo queria! 
E não sabia... 
Que de ti nada teria! 
No vento perverso 
Perderam-se as palavras 
Que de ti um dia ouvi, 
Devorando os sonhos impiedosamente. 
Saudade! Saudade! Saudade! 

O Castelo de cinzas se foi! 
O vento gemeu raivosamente, 
As flores, de tristeza, murcharam 
O canto dos pássaros emudeceu 
o céu escureceu.... 
Saboreio a amarga descoberta, 
Engasgo calada em minha insipidez, 
Em minha mudez. 

Autora: Lucrecia Rocha pub. Coletanea Poética Focus;
 Jornal Direitos.Jornal Diario da Sul Bahia

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